Sonntag, Dezember 31, 2006

Warszawa II





















Chego às 6:05 a Varsóvia e o sol ainda vem longe. De noite, a cidade parece-me algo que a luz do dia irá mostrar-me que não é. Mais uma vez a regra aplica-se. Cidades que viveram sob a "influência" comunista durante uns tempos, transportam isso para os dias de hoje. A diferença aqui chama-se dinheiro. Enquanto que em Berlim já muito foi gasto (e continua a ser), enquanto que em Dresden já muito foi recuperado, em Varsóvia as coisas são mais lentas.
Edifícios antigos (e sem nada de especial, diga-se de passagem. Basicamente são construções imponentes, com colunas, estátuas e alguns torneados) convivem com edifícios modernos. Tudo isto sem harmonia e rigor. É uma cidade sem identidade. Os transportes públicos são horrorosos (tudo antigo, como podem ver nas fotos do link), as ruas estão quase todas esburacadas, os passeios estão descuidados e a maior parte dos edifícios habitacionais carecem de manutenção. Por toda a cidade constroem edifícios novos, como se tivessem que ganhar uma qualquer corrida "Quem constrói mais em menos tempo".
Claro que a cidade não tem uma história fácil e isso explica quase tudo (a meu ver). Ocupação alemã, guerra, "ocupação" soviética e desocupação. E isso sente-se bem ao falar com as pessoas. E por isso a cidade não tem identidade, pois quase tudo o que está lá foi influenciado pelos ocupantes.
O exemplo máximo disso é esta foto. Construído pelos russos, pretendia demonstrar todo a força e imponência do império. Ainda hoje é dos edifícios mais altos da cidade. É horroroso, está no meio de um enorme quadrado de ruas e zonas verdes, é gigantesco e ninguém gosta dele. Porque faz-lhes lembrar a ocupação russa. Pelos cidadãos de Varsóvia, implodia-se o edifício. E (por incrível que pareça), trata-se do centro de congressos da cidade. Onde existem convenções, espectáculos ou feiras. Isto tudo nos pisos térreos. Os superiores (e que de cultural nada têm), alojam repartições e escritórios. Enfim.
Existe uma parte histórica. Muito bonita, bem conservada e com identidade. Só que.... é mais pequena que a parte histórica de Guimarães. E isso numa cidade com quase 2,7 milhões de habitantes, dá que pensar. E sabe a pouco. Fora isso, apesar de tudo, sente-se um ambiente cosmopolita nas ruas. Sente-se que é uma cidade grande. E as mulheres são muito, muito, muito bonitas. Têm "aquele" toque feminino que não se encontra nas alemãs. E isso faz toda a diferença.
Esta é somente a minha opinião, mas, para mim, uma cidade tem que ter identidade. E eu andei pelos mercados, pelas ruelas, pelos sítios mais recônditos, pelas avenidas, pelas ruas chiques, pelos sítios turísticos e...nada. Só encontrei mulheres com identidade. Por elas, vale a pena ir lá. Só por elas.

Mais fotos aqui. E fiz um tremendo esforço para tirar estas.


Banda sonora: Deepest Blue - Say Goodbye (aqui)

Samstag, Dezember 30, 2006

São...


... 2508 pequenas arcas com fantasia, histórias, sentimentos, aventuras e tudo o mais que quisermos.

Banda sonora: Gift - Music (aqui)

Freitag, Dezember 29, 2006

Eu...

...sou chique. Ontem fiquei a saber isso por uma alemã. Qual silogismo, a conclusão é óbvia. Quem usa camisas é chique. Eu uso camisas. Eu sou chique. Ponto final. Parágrafo. Dois dedinhos dentro.

Banda sonora: Rosenstolz - Ich bin ich (wir sind wir) (aqui)

Mittwoch, Dezember 27, 2006

Era...

Zwinger - Dresden



...uma viagem de ida para o meu planeta, se faz favor.


Banda sonora: Genesis - Illegal Alien (aqui)

Montag, Dezember 25, 2006

Hoje é Natal...

... e depois?

Banda sonora : Dave Matthews & Tim Reynolds - Christmas Song (aqui)

Sonntag, Dezember 24, 2006

Warszawa I

Saio do comboio a correr pronto a subir um patamar na maior estação de comboios da Europa (Berlin Hauptbanhof). Pensava eu. Afinal, preciso de subir a correr 4 níveis da estação, para poder chegar ao comboio que está prestes a partir. Em cada um dos níveis, só vejo as setas da linha 11 a apontarem no sentido vertical. Chegado lá cima, vejo um enorme comboio azul parado. Parece-me às escuras. Entro na carruagem e pergunto por Warschau. Falam-me em russo. "Russo?" - pergunto-me eu. Fazem-me sinais com a mão e mandam-me para fora do comboio. Pensei que estivessem a dizer que o comboio já tinha partido (afinal, passavam 2 minutos da hora). Um outro russo começa a fazer os mesmos gestos com a mão (como que a mandar-me embora). Procuro por alguém que fale alemão. Afinal, estava em Berlim e com um bilhete alemão na mão. Vou ter com um homem da Deutsche Bahn. Diz que não sabe. Aquele comboio não é deles. Finalmente, num momento de rara intelegência, o russo (porque é que o russo soa sempre como se estivessem a brigar connosco?) diz ao alemão para me explicar as "regras". Eu vou para Varsóvia. Tenho que ir para as carruagens da frente (eu nem frente nem traseira do comboio via, de tantas carruagens que levava). Querem que corra e alcance-as. "Mas porque não me deixam entrar nestas? Posso passar de umas para as outras!" - pensava eu. O homem apita para o comboio partir. E eu a correr. Noutro momento de rara intelegência, um russo deixa-me entrar numa das carruagens deles. Começa o inquérito. Olham para o bilhete e falando em russo, empurram-me para a carruagem seguinte. Abro um porta pesadíssima de ferro para passar para outra carruagem. Senti-me num jogo do estilo "Doom". A luz é ambiente. . Num corredor estreito, vou passando pelos quartos da carruagem. Em cada um, o mesmo ambiente. Pessoas sentadas nas camas, a falarem russo, quase às escuras e a beberem. Outras no corredor. Um deles fica entalado comigo e com a minha mochila no corredor. Pergunto-me eu: "Quando é que sacam das Uzis e desatam a transaccionar aqui?" Sinto-me num filme de Tarantino. Próxima carruagem. Mesmo inquérito. Mesmo resultado. Mesma porta de ferro (e velha. Ui! "Era esta a qualidade do comunismo?" - pensava eu"). Após mais duas passagens pela excelência dos caminhos-de-ferro russos, abro uma normal porta de comboio: leve, de material sintético e com um vidro transparente. Na carruagem, "luxo": luzes fluorescentes que irradiavam uma extraordinária luminosidade na carruagem. Estava nas carruagens polacas e agora falam polaco comigo. "Menos mal. Soa mais familiar" - penso eu. Percebo que tenho de seguir. Finalmente, chego à minha carruagem e à minha cama.


Banda sonora: Owen Paul - My Favourite Waste of Time (aqui)

Mittwoch, Dezember 20, 2006

Volto já...I

Siegessäule - Berlim


Banda sonora - New Order - True Faith (aqui)

Mittwoch, Dezember 13, 2006

Cansaço...

...de ser sempre assim.


Banda sonora: Craig Armstrong (feat. Paul Buchanan) - Let's Got Out Tonight (aqui)

Dienstag, Dezember 12, 2006

A agremiação


1 mês depois de ter entrado neste organismo, lá estava eu pela primeira vez em cima de um palco. Foi o primeiro (espectáculo) de muitos. Era também o início de uma longa caminhada pelos caminhos da sabedoria, dos valores, da amizade, do companheirismo, do convívio e da música.
Permaneci lá 10 anos. 1/5 do número de anos que hoje o organismo comemorou. Escrever sobre tudo o que lá vivenciei e aprendi, seria querer reduzir um filme a um frame. No entanto, pode-se dizer que os meus melhores amigos (tirando 5 ou 6 excepções) cantam lá... ou já cantaram. Conheci pessoas fantásticas lá. Pessoas com quem aprendi imenso. Pessoas que quando se juntavam, tanto poderiam estar a falar de música, como de beleza estética, como de gastronomia, de Física, de Química, de Bioquímica, de Medicina ou de Informática. Lugar de pluradidade. De ideias, de sentimentos e de convivência. Também conheci pessoas "menos fantásticas". Essas, afastei-as sempre (houve uma excepção). Além do mais, sempre foram a minoria. Do resto, do que realmente importa, foi sempre mais e mais do mesmo. Convívio, amizade, música e amizade.
Hoje o que sou, devo também à agremiação. Foi lá que certos dos meus valores foram aperfeiçoados, certos defeitos foram disfarçados, outros foram aumentados. E raríssimo é o dia em que não me lembro dela. Porque lembro-me das pessoas que pude conhecer lá.
Mas o que é realmente especial, é sentir esta ligação a uma coisa inanimada. É sentir que existe uma ligação que trespassa os limites físicos do organismo. É encontrar os amigos que já lá não estão há muito tempo e reparar (como se porventura fosse obra do acaso) que a amizade criada lá longe, naquele organismo, se manteve e até cresceu para outros lugares. Como que, para dar uma autenticidade ainda maior ao que lá foi vivido ou para reforçar a genuidade de todo o convívio. Como que a dizer: "Hey. Aquilo que se passou foi autêntico. As pessoas que conheceste existem e, se fizeres por isso, estarão contigo para sempre"

Banda sonora: The Pogues - If I Should Fall From Grace With God (aqui)*

* Sempre que ouço esta música, aos primeiros acordes, lembro-me instantaneamente (sem necessidade de juntar água) do organismo e do convívo. E visualizo muita coisa. Muita.

Sonntag, Dezember 10, 2006

Próximo destino...

Varsóvia


Banda sonora: Hooverphonic - Sometimes (aqui)

Freitag, Dezember 08, 2006

Frase do dia I

"Tendo problemas de flatulência [...] de vez em quando descuidava-se [...] em cerimónias oficiais, levando-me a acender, de imediato, um cigarro para disfarçar o odor."

Catarina Salgado (escrevendo sobre Jorge Nuno Pinto da Costa), no livro a ser lançado amanhã.


Banda sonora: Lúcia Moniz - Cheiros de ti (aqui)

Montag, Dezember 04, 2006

A máquina


Esta tem sido fiel. Desde o início (e já lá vão muitos anos) faz o café sempre da mesma maneira: igual. Não é uma máquina de fazer expressos cremosos e curtos. Não. Mas nunca teve pretensões de chegar a tal. Já esteve em muitas casas, já me acompanhou em muitas manhãs mal acordadas, já me acompanhou em noitadas que se queriam mal dormidas, já acompanhou amigos (que se queriam bem acordados, em virtude da directa) a exames matutinos (e todos eles com sucesso)... Enfim. Já tem uma longa história. Agora tem mais uma para contar. É meu objecto de estudo para o projecto da cadeira Grundlagen der Gestaltung.
Porquê falar da minha máquina de café? Não sei! Mas achei que ela merecia. Afinal de contas...sempre foi a mesma fiel máquina.

Banda sonora: Seu Jorge e Ana Carolina - É isso aí* (aqui)

* Esta música é um original de Damien Rice. Aqui soa-me melhor, além de que a letra foi mudada.

Montag, November 27, 2006

Conversas

Há conversas que só consigo ter com determinada pessoa. Às vezes (OK. Eu admito: quase sempre) não encontro explicação lógica para tal. Não tenho problemas em contar o maior feito bem como o menor (aquele que temos vergonha de contar a... alguém). Simplesmente conto. E nem faço esforço. E do outro lado, encontro compreensão, sinceridade e naturalidade. Como se tudo fosse lógico. Como se tudo tivesse um lado positivo. Como se tudo tivesse...piada. Porque é assim que acabamos por conversar sobre o assunto. E, normalmente, acabamos por falar em outros assuntos, numa sucessão de "links conversacionais" imaginários. O limite acaba sempre por ser o tempo. Não fora isso e a conversa continuaria.
Acabei agora mesmo de ter uma conversa com essa pessoa. E já tinha saudades. Muitas.

Banda sonora: Pearl Jam - Man of the Hour (aqui)

Mittwoch, November 22, 2006

Fast Forward I

Tinham passado pouco mais de 4 anos. Encontraram-se onde tudo tinha começado. Era estranho aquele momento. O sol que brilhava e o vento agreste e frio que soprava, proporcionavam o contraste do momento.
Ele: Aqui estamos, não é? Imaginavas algo assim?
Ela: Pois. Nem sei o que dizer. Se calhar este encontro não devia ter acontecido. Não sei...
Ele: És feliz?
Ela: (pausa...pausa...pausa...) Não sei.(outra pausa...) Não. Definitivamente. Não sou!!! E tu?
Ele: Eu sou. Tal como sempre te disse, se deixamos os sentimentos transparecerem e decidirmos, prosseguimos com tudo. E aí, acabamos por encontrar a nossa felicidade.
Ela: Poderias ser mais feliz comigo?
Ele: Talvez sim. Talvez não. Nunca iremos saber. E isso, é uma das coisas boas da vida. Saber que se formos por um lado (que é totalmente incompatível com o outro) nunca iremos saber, com total certeza, o que poderia ter acontecido indo pelo outro lado.
Ela: Queria que o tempo voltasse para trás.
Ele: Eu não. Tiveste a tua "frame window" naquela altura. Não quiseste aproveitá-la, pensando que ela esperaria por ti. É a "vida" que escolheste, sem escolher activamente. Foste passiva.
Ela: (pausa)
Ele: Tenho que ir. Estão à minha espera
Ela: Ela está à tua espera?
Ele: Ela? Não!!! Não tenho nenhuma "ela" na minha vida. Eles estão! Naquela esplanada ali. Vês?
Ela: Sim. Também vou embora. Ele está à minha espera. Voltamo-nos a ver?
Ele: Acho que não. Contactamos só. Como temos feito até aqui. É melhor assim...para ti.

Banda sonora: Depeche Mode - Walking in my Shoes (aqui)

Montag, November 20, 2006

Decisões


Eis uma palavra que muita gente detesta. Confesso a minha total incompreensão pelas eternas indecisões das pessoas. Não consigo entender como é que uma pessoa que sabe que deve ir pelo lado direito (porque será o melhor para ela, porque será o seu futuro, porque o lado esquerdo já mostrou que não é bom caminho e porque a lógica, a coerência e toda a sensatez mostram isso mesmo)... continua no lado esquerdo. Parada. Pior! Lamenta-se eternamente pela sua indecisão em decidir, pela sua "fraqueza" ou pela sua "cobardia". No limite... essa pessoa conforma-se e aceita que as decisões da sua vida (nem que seja, escolher o que vai comer ao almoço) estejam dependentes de outras pessoas e de outras situações. E isso... eu nunca perceberei.

Banda sonora: Kings of Convenience - The Weight of my Words (aqui)

Samstag, November 18, 2006

Vale a pena II


Lucky Number Slevin (aqui) é um filme que vale a pena ver. Tem excelentes actores, uma boa história e acaba por ter um desenrolar diferente do esperado a início. Além disto tudo, ainda explica o que é um "Kansas City Shuffle".

Donnerstag, November 16, 2006

Wikipedia Foundation

Não pretendo falar aqui de algo que todas as pessoas conhecem (ou deviam, pelo menos). A Wikipedia Foundation (clicar na imagem) é muito mais que o site da Wikipedia. O outro dia, dei por mim na página de entrada da Wikipedia e fiquei abismado com os números. Falemos de línguas, pois então. Em termos de línguas nativas (a nível mundial e segundo a Wikipedia) temos este Top 6: Chinês, Inglês, Hindu, Espanhol, Árabe e Português. Depois temos o Francês em 11.º, o Alemão em 13.º, o Italiano em 22.º, o Polaco em 26.º e o Sueco em 73.º. E depois quando olhamos o n.º de artigos escritos, que Top reparamos? Inglês, Alemão (com uns impressionantes 500.000 artigos, para uma língua falada por 100 milhões de pessoas), Francês, Polaco (incrível!!), Chinês (estes têm a Internet controlada pelo governo, o que explica a "pouca" participação), Holandês, Italiano e só depois vem o Português. Pronto. Temos o Sueco atrás, mas está a escassos 3000 artigos de alcançar-nos (e todos nós sabemos como acabam estas histórias, não é?). Surpresa final: o Espanhol ainda está pior que nós.

Poderá também por aqui começar a "importância" de um País? Pela defesa e expansão da sua língua oficial?

Banda sonora: Lloyd Cole - Music In A Foreign Language (aqui)

Não gosto...I

Não gosto das eternas indecisões das pessoas. Não gosto que me contem mentiras. Não gosto quando a bola vai à barra ou ao poste. Não gosto de pessoas que não fazem sacrifícios. Não gosto de coisas fáceis. Não gosto das cartas/mails em cadeia. Não gosto de pessoas hipócritas e/ou fúteis. Não gosto de pessoas que são como os colchões: têm duas faces. Não gosto quando o papel higiénico acaba e não tenho ninguém que me possa trazer mais. Não gosto da bondade interesseira das pessoas. Não gosto da ingratidão das pessoas. Não gosto de conversas de circunstância. Não gosto quando me querem fazer passar por tolo. Não gosto quando o mar não tem ondas. Não gosto que ela esteja distante.

Mittwoch, November 15, 2006

Instantâneos II

Menina vendedora - Dresden

Montag, November 13, 2006

Christopher O'Riley - Let Down

Esta música é um original dos Radiohead. Aqui temos uma versão instrumental, interpretada ao piano por Christopher O'Riley. Este pianista clássico decidiu converter algumas músicas dos Radioehad para um formato mais "erudito". Fez isso em dois CD's. Esta música é do primeiro, o qual deveria fazer parte de qualquer discografia particular. Difícil foi escolher que música colocar aqui. Para ouvir relaxadamente... até ao fim.
Aqui

Gosto... I

Gosto perdidamente dos olhos da Feijoca. Gosto da frescura de sentir a chuva a cair na minha cabeça e a bater na cara. Gosto musicalmente e fraternamente da Agremiação. Gosto especialmente das minhas duas princesas. Gosto verdadeiramente amigavelmente dos meus amigos. Gosto humildemente de aprender. Gosto jovialmente do Grupo. Gosto literariamente de ler. Gosto de "perder" tempo com as pessoas que valem a pena. Gosto sinceramente de pessoas sinceras. Gosto irracionalmente, mas apaixonadamente, do Benfica. Gosto de ajudar. Gosto estupidamente dela.

Freitag, November 10, 2006

Vale a pena I

Este é mais um dos chamados sites sociais (parte integrante da chamada Web 2.0). O príncipio de funcionamento destes sites é simples: utilizadores partilham os seus gostos pessoais. Neste caso do Last.fm, trata-se de música.
Depois de instalado um pequeno programa no nosso computador, aquele irá conhecer os nossos gostos pessoais relativamente à música. Sempre que ouvimos uma música, o programa armazena a informação relevante (artista e nome da faixa), transmite-a para o site e vai construindo uma base de dados sobre as nossas preferências musicais. Através deste processo, iremos participar numa enorme rede social, onde podemos conhecer os gostos musicais mais variados. É a possibilidade de conhecermos novos artistas, novas influências, novos estilos, trocar informações com utilizadores, etc. Até temos acesso a rádios on-line, que são constituídas por músicas que se adaptam (assim acha o programa) ao nosso perfil.

Para experimentar, ir aqui e configurar uma conta. Depois, é só seguir as instruções. Vale a pena.

Instantâneos I

Loja em Ulm

Montag, November 06, 2006

Snow Patrol - It's Beginning to Get to Me

Para ouvir aqui

I want something
That's purer than the water
Like we were

It's not there now
Ineloquence and anger
Are all we have

Like Saturn's rings
An icy loop around me
Too hard to hold

Lash out first
At all the things we don't like
Or understand

And it's beginning to get to me
That I know more of the stars and sea
Than I do of what's in your head
Barely touching in our cold bed

Are you beginning to get my point
There are always fighting with aching joints
It's doing nothing but tire us out
No one knows what this fight's about

The answer phone
The lonely sound of your voice
Frozen in time

I only need
The compass that you gave me
To guide me on

And it's beginning to get to me
That I know more of the stars and sea
Than I do of what's in your head
Barely touching in our cold bed

Are you beginning to get my point
There are always fighting with aching joints
It's doing nothing but tire us out
No one knows what this fight's about

It's so thrilling but also wrong
Don't have to prove that you are so strong
Cos I can carry you on my back
After our enemies attack

I tried to tell you before I left
But I was screaming under my breath
You are the only thing that makes sense
Just ignore all this present tense

We need to feel breathless with love
And not collapse under its weight
I'm gasping for the air to fill
My lungs with everything I've lost

Samstag, November 04, 2006

Flashback IV

Era agora. O dia era de "até já". Ou seria de "até sempre"? Ninguém sabia. Só os sentimentos sabiam de algo: "Estamos aqui. E estaremos sempre".

Mittwoch, November 01, 2006

Flashback III

O dia amanheceu diferente. Havia uma sensação de leveza no ar. Tudo estava sereno e calmo. Tudo era...natural! Ao longo do dia...mais do mesmo. Emoções, certezas, sentimentos, ausência de medo, simplicidade. Estas eram algumas das palavra-chave do motor de busca (da felicidade? Do futuro?)
Enquanto festejam em colectividade, festejam também os seus próprios momentos. E depois, há sempre aquele momento em que a colectividade quer descansar...mas as individualidades não. E aí? Pois...

Dienstag, Oktober 31, 2006

Flashback II

Afinal o breve foi brevíssimo. Ali estavam eles. Outra vez. Outro sítio...o mesmo ambiente. Seria este o verdadeiro encontro? Desta vez o abraço foi lógico e natural. Como o prenúncio de algo?
Já não dava para adiar o inevitável. Naquele dia, tudo se comprovou e todas as peças se encaixaram. Literalmente. Fruiram o momento como sempre o imaginaram. Falavam a mesma linguagem e entendiam-se perfeitamente. Tal como sempre foi? Sim. Como sempre seria? Talvez. Que importava! O momento era tudo e o futuro era algo que não interessava ali. Era algo novo para eles? Não! Seria possível esta sensação de algo vivido mas nunca experimentado? Talvez...

Montag, Oktober 30, 2006

Flashback I

Encontraram-se muitos meses depois. O encontro tantas vezes desejado e falado, mas tantas vezes diplomaticamente evitado, finalmente acontecia. Um abraço forte. A conversa que se seguiu.
Apesar do tempo decorrido, estava tudo lá. Os sentimentos, as emoções vividas e aprisionadas tanto tempo, as brincadeiras, o mesmo à vontade, o delicioso sentido de humor de ambos... a naturalidade e simplicidade de ambos. Como se tivesse sido ontem o último encontro. Como se tivessem viajado num qualquer teórico túnel de tempo. Que ligação era essa? Como explicar o inexplicável mas lógico?
No final, depois de trocados pequenos e sentidos afectos, ficou a inevitável pergunta: "E agora? Quanto tempo irá decorrer até ao próximo encontro?" A resposta veio convicta, por parte de ambos: "Em breve. Em breve"

Sonntag, Oktober 01, 2006

Uma porta fecha-se.


Esta porta será fechada hoje, por mim, uma última vez. O que fica atrás da porta não quero falar. Prefiro pensar positivo e falar do que está no exterior da porta. Esta fechou-se (ou melhor, foi-me fechada implicitamente) mas outras se abrirão. Já hoje abrir-se-á uma temporária. Depois, uma definitiva. Na semana seguinte uma outra definitiva. E assim sucessivamente. Muitas chaves já as tenho. Outras irei encontrá-las. De qualquer forma, sei bem como usá-las.
Nestas novas portas, encontrarei de tudo. Portas barradas, portas falsas, portas que conduzem para um beco sem saída ou portas de emergência que afinal não são. Se puder (e tudo farei para tal. Afinal, repetir um erro não é humano), nessas não entro. Mas encontrarei também portas bonitas. Portas que depois de abertas, mostram ainda mais beleza. Portas que estão abertas 24 horas por dia. Portas que são o que parecem. Portas que permitem a passagem a alguns e impedem a mesma a muitos. Portas que fazem as outras portas parecerem (e serem) portinholas.
Por razão esperadas e por outras inesperadas (infelizmente, a natureza humana continua-me a surpreender) esta ilha submersa estará à deriva uns tempos, devido à falta de uma ligação permanente ao mar. Mas voltará o mais depressa possível. Até lá!
So me resta dizer: "Abram a porta e estendam a passadeira vermelha, chamem a banda... que eu quero sair."

Donnerstag, September 28, 2006

Saudades - Parte I


Esta série é obrigatória para qualquer pessoa que aprecie qualidade em televisão. Para além de possuir tudo o que uma série normal e de qualidade possui, tem uma narrativa vertiginosa e inquietante, tem a acção de cada episódio a desenrolar-se em 60 minutos reais (nas pausas comerciais o tempo continua a contar), os clichês não existem e o impossível acontece. Conta com excelentes actores, dos quais emerge Kiefer Sutherland (o agente Jack Bauer) como cabeça de cartaz.
Cada temporada
contém 24 episódios, o que perfaz um "normal" dia de trabalho na vida deste agente. Vi todas as 5 temporadas desta série. Tal como disse a um amigo meu: "Eu não estou a dizer que deverias ver esta série. Estou a dizer que tens que ver. És obrigado."
A temporada 6 começará nos EUA em Janeiro de 2007. Sempre às segundas. E quando ela começar, lá começarão as minhas noites de terça a ocuparem-se da vida de Jack Bauer. E começará a ânsia de chegar a semana seguinte, para saber como continuará a história. Até lá....tenho que esperar.

Mais informações: aqui

Mittwoch, September 27, 2006

Ana Carolina - Pra Rua Me Levar

Aqui


Não vou viver como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
Às vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar e eu vou lembrar você...
Vou deixar a rua me levar ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar e eu vou lembrar você...

É, mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir...

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar e eu vou lembrar você...
Vou deixar a rua me levar ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar e eu vou lembrar você...

Sonntag, September 24, 2006

The Weather Man


Vi este filme há cerca de dois meses. Sou um admirador confesso do Nicolas Cage e foi com alguma expectativa que esperei por este filme. O enredo é simples. David Spritz é metereologista e tem a sua vida pessoal "virada do avesso". Para além de estar divorciado, farta-se de levar com objectos atirados pelos transeuntes (daí a imagem do cartaz do filme), o pai está doente, a filha é gozada na escola, etc, etc. Ou seja, a história é muito complexa em termos de relações interpessoais.
Deste filme, fica-me um diálogo na memória. Pai e filho falam sobre a vida deste. No diálogo, o pai acaba por dizer uma verdade simples e desconcertante. Porque muitas vezes não a admitimos? Ou porque muitas vezes não somos adultos?

Dave Spritz: We both just think it's better for the kids.
Robert Spritz: David, sacrifice is... to get anything of value, you have to sacrifice.
Dave Spritz: I know that dad, but I think that if we continue down this road, it's gonna be too detrimental for the kids. It's just too hard.
Robert Spritz: Do you know that the harder thing to do and the right thing to do are usually the same thing? Nothing that has meaning is easy. "Easy" doesn't enter into grown-up life.

Para mais informações sobre o filme, clique aqui

Samstag, September 23, 2006

Há um ano atrás


Neste dia, a esta hora mas há precisamente um ano atrás, eu chegava aqui. Para trás, tinha ficado muito mais do que as duas amigas que me levaram ao aeroporto. A agremiação, os amigos da agremiação, os que ainda não eram amigos da agremiação mas poderiam vir a ser, o grupo da agremiação, a formação nas empresas e na escola, a família, o convívio com os amigos, as conversas especiais com amigos especiais, a…o….e ainda… Basicamente, tinha ficado para trás a minha vida. Iria ter que recomeçar uma. Um país novo, uma nova língua (da qual eu não tinha conhecimento), uma cultura diferente, um futuro… incerto!
Como sempre disse (e continuo a dizer): a vida é…pessoas. Se naquele momento sentia que devia largar o presente para me agarrar a um futuro incerto, assim o fiz. Não me arrependo da decisão. Quando somos sinceros connosco e sabemos interpretar os nossos sentimentos, as decisões acabam por ser lógicas e simples. Só temos de seguir o coração, pensando com a cabeça.
Um ano depois, o que mudou? Já nada me é estranho. Conheço a língua o suficiente para lidar com as pessoas e tratar dos meus problemas, consegui a entrada na Universidade (passando três etapas na aprendizagem da língua), conheço bem a cidade onde me desloco e conheço pessoas. O futuro é…certo, se é que o futuro pode ser certo. Pelo menos, este futuro é muito mais certo do que o futuro de há um ano. E agora? Será que nesta nova etapa deixo para trás alguma coisa? Não! O que é importante, levo comigo: a minha personalidade, os meus valores, as minhas qualidades e os meus defeitos. Ah! Quase que me esquecia! Levo a música também. Minha eterna companheira.

A casa da Joana


Já todos nós ouvimos a expressão "Julgas que isto é a casa da Joana?". Ora, eu sempre tive curiosidade em saber como seria a casa desta Joana. Seria mesmo tudo à vontade? Estaríamos nós confortáveis? Poderíamos fazer o que nos apetecesse?
De há duas semanas para cá que estou a viver em casa da Joana. E realmente... confirma-se o "mito" (que por esta razão, deixa de sê-lo). A Joana deixou-me a sua casa à disposição. Esvaziou o frigorífico (para eu ter mais espaço para colocar as minhas coisas), "dorme" fora de casa para eu poder ter duas camas à escolha, não come cá (a mesa é muito pequena), quando aparece fica muito pouco tempo (para não me incomodar), é rapidíssima a arranjar-se (assim eu tenho mais tempo para a minha sofisticada e rebuscada higiene), paga a renda por mim, não me cobra os custos da electricidade e da água, deixou os utensílios da cozinha à minha guarida, etc, etc. Podia continuar a dar exemplos, pois estes são variados e extensos. O importante aqui, é que a Joana é "amiga". Não só fez isto tudo por mim, como ainda... se "preocupa" comigo! Anda afectada por eu poder não estar a gostar da casa dela, não me enfrenta directamente pois posso ficar assustado, anda triste porque eu não tenho um canto meu, quer saber o que faço para poder ajudar-me, não admite os seus problemas para não me preocupar, não me agradece os favores pois isso podia ser embaraçoso para mim, trata-me mal pois ando com a auto-confiança muito elevada e isso pode ser prejudicial para os meus relacionamentos, coloca-me pressão para sair daqui pois o mercado imobiliário é muito competitivo e preciso ser rápido a decidir e, finalmente, "transformou-se" como pessoa para eu poder ver que o Mundo não é só boas pessoas. Por isto tudo e por muito que ficou por dizer, só posso dizer: "Obrigado Joana. Nunca mais esquecerei estas semanas em tua casa."

Donnerstag, September 21, 2006

Serenidade


Esta fotografia é das que mais gosto, de todas as que tirei até hoje. Na altura chamou-me a atenção o facto da rapariga, apesar de estar prestes a entrar em palco para uma actuação de ballet, aparentar uma serenidade extrema. Após sentir-se envergonhada pelo facto de ter uma objectiva pronta a captar-lhe o olhar... deixou-se ficar. Eu esperei. Quando achei que o quadro estava composto... saiu esta foto. Extasia-me a simetria da foto! Como se por momentos, tivesse medido com régua e esquadro as medidas da rapariga. A cabeça equidistante dos cotovelos. O pescoço a sobressair, quase invisivelmente, por cima das repousantes mãos dela. Um pequeno pormenor do fato de ballet a sobressair por cima de cada um dos pulsos. Mas o que completa o quadro, é mesmo a serenidade dela. Achei isso na altura. Comprovei depois, ao ver a foto em casa. Colada na parede, esta foto transmitiu-me serenidade quando precisava de olhar algo...apaziguador. Agora a foto está guardada. À espera de uma nova parede. Até lá... não preciso de olhar para ela, pois estou sereno.

Mittwoch, September 20, 2006

(In)gratidão

O Manel e o Quim eram amigos de longa data. Desde a primária, todo o seu percurso académico e profissional tinha sido partilhado. Estudaram nos mesmos sítios e trabalhavam na mesma empresa. Ambos tinham carro, mas o Quim não gostava de levar o carro para o emprego. Como o Manel não se importava, iam juntos (no carro do Manel) todos os dias. Para isso, Manel tinha que fazer 30 Km em sentido contrário ao do emprego, para ir buscar o Quim. Este ritual já se passava há 5 anos. Como os imprevistos acontecem, num dia quente de final de Julho o motor do carro do Manel "partiu". Carro parado, reboque chamado e oficina escolhida, seria preciso arranjar uma solução para as viagens diárias em direcção ao emprego. Quim propôs levar o seu carro. No entanto, Quim não gostava de companhia nas suas viagens e disse que iria sempre sozinho. Manel não compreendeu. Achou que tinha percebido algo mal. Mas não! Efectivamente, Quim queria ir sozinho, no seu carro, todos os dias, para a empresa onde os dois trabalhavam. Manel estava incrédulo. "Então? Mas eu ando a transportar-te todos os dias nos últimos 5 anos, faço 120 km extra por causa disso e agora peço-te boleia por uma semana e tu não me fazes este favor? ". Quim logo retorquiu: "Que queres? Eu sou assim. Gosto de andar sozinho. Mas vou-te ajudar. Apanhas um táxi de tua casa para a estação dos comboios, apanhas o comboio S6 para o centro, sais na estação central e apanhas o autocarro 3. Sais na paragem que fica ao pé da Universidade e depois apanhas o metro em direcção a cidade nova. E pronto. Estás no emprego". Manel ainda tentou contra-argumentar...mas em vão. Quim achava-se o arauto da justiça e da verdade absoluta. Até este dia, Manel conhecia só esta palavra:
  • Gratidão - reconhecimento por um benefício que se recebeu; agradecimento; qualidade de quem é grato (in http://www.infopedia.pt)
A partir deste dia, ficou a conhecer também esta:
  • Ingratidão - qualidade de quem é ingrato; falta de gratidão (in http://www.priberam.pt).
Manel e Quim nunca mais foram juntos para o emprego ou para qualquer outro lado. Manel ia agora com outras pessoas. Umas vezes no carro dele. Outras, no carro delas. E o Quim? Andava de boleia em boleia, sempre com as mesmas desculpas e sempre com a mesma ingratidão, sem nunca perceber porque razão as pessoas chateavam-se com ele. Até o dia em que já não havia mais colegas a quem pedir boleia. E aí? Começou a levar o seu carro todos os dias. Sozinho. Sempre sozinho.

Montag, September 18, 2006

Diálogos - Parte I

Eu: Olá. Então? Tudo bem? Há quanto tempo!
A: Pois é. Deves ter muitas novidades, não é?
Eu: Pois tenho. Mas quero saber das tuas primeiro.
A: EU? Eu não tenho novidades para dar. A minha vida é uma miséria de uma pasmaceira.
Eu: Então? Já decidiste se mudas de emprego?
A: Ainda não. Mas vi ontem uma blusa espectacular que quero comprar.
Eu: Pois. E sobre aquele assunto que te atormentava? Resolveste?
A: Não. Mas ontem encontrei a vizinha do 3.º esquerdo e ela disse-me que havia hoje reunião de condomínio. Já viste a minha sorte? Logo hoje!
Eu: Que azar! E a vida pessoal? De vento em popa?
A: Talvez! Não sei. Mas podíamos combinar ir ao cinema um dia destes. Que achas? Gostava muito de ver aquele filme...o....
Eu: Olha. E já tiveste aquela conversa com os teus pais? Explicaste as coisas?
A: Não. Estive quase mas não consegui falar com eles. De qualquer forma, eles estão muito bem. Andam na Universidade Sénior e estão a adorar aquilo. Esses sim. Sabem tomar decisões e andar para a frente.
Eu: E tu? Não sabes tomar decisões?
A: Claro que sei. Agora quero um café pingado e uma fatia de bolo de chocolate. Vês?
Eu: Queres que eu seja teu amigo?
A: Mas tu já és! Não vais tomar nada?
Eu: Só se falares sobre ti.
A: Mas eu não faço outra coisa desde que chegaste aqui! E tu? Ainda não disseste nada.
Eu: Pronto! Seja! Eu vou falar sobre mim. A história é longa. Lembras-te daquela situação.......

Ouvido - Parte I



Mais listagens aqui

Samstag, September 16, 2006

Dave Matthews Band - Where Are You Going

Para ouvir? Aqui


Where are you going, with your long face pulling down?
Don't hide away, like an ocean
That you can't see but you can smell
And the sound of waves crash down

I am no superman.
I have no reasons for you
I am no hero, Aww that's for sure
But I do know one thing:
Is where you are is where I belong.
I do know, where you go, is where I wanna be.

Where are you going? Where do you go?
Are you lookin' for answers to questions under the stars?
Well if along the way you are growin weary, you can rest with me
Until a brighter day, you're ok.

I am no superman.
I have no answers for you.
I am no hero, aww that's for sure.
But I do know one thing:
Where you are is where I belong.
I do know, where you go, is where I wanna be

Where are you going? Where do you go?
Where do you go? Where are you goin? Where do you go?


I am no superman.
I have no answers for you
I am no hero, awww thats for sure.
But I do know one thing:
is where you are is where I belong
I do know, where you go, is where I wanna be.

Where are you goin'? Where do you go?

Tell me where are you going?
Where? Let's go.

Game Over = Start Over


Uma das coisas que preencheram a minha infância foram os jogos electrónicos. Ia jogá-los para casa de amigos. Na altura, não havia nada destes gráficos e sons que existem hoje. Jogava-se no ZX Spectrum 48K, os jogos eram carregados por cassete, não se podia "guardar" os jogos para continuar no dia seguinte, os gráficos eram pobres, os sons também... mas era uma emoção enorme jogá-los. Mas o que eu gostava mesmo era das vidas extras. Em cada jogo tínhamos um número limitado de vidas. Com astúcia, persistência e alguma sorte, podíamos arranjar mais alguma. E aí, o ego enchia-se. Basicamente... podíamos perder mais uma vez que estava tudo bem. Ora, a sensação de aparecer-nos a mensagem "Game Over" era horrível. «Logo agora que estava quase a passar de nível?», «Bolas. Tenho que começar tudo de novo». Estas eram duas das frases recorrentes nesta altura. Mas pronto. Sabíamos as regras e íamos acompanhando pelos gráficos o número de vidas que tínhamos. Logo.. o jogo era claro e limpo.
Agora imaginem o que é jogar um jogo no qual não têm vidas. Nem as normais, nem as extras. Têm simplesmente aquela com que começaram a jogar. Mas.. no início do jogo, esse "pormenor" é omitido. Vocês jogam, jogam e jogam. O jogo está a correr bem, os níveis mais fáceis ficaram para trás, os difíceis estão aí mas conseguem ultrapassá-los, o jogo aproxima-se do final, vocês estão empolgados, investem todas as vossas forças neste jogo e...? Vindo do nada, mesmo no meio do nível 564, aparece-vos a fatídica mensagem. «Não há problema. Ainda tenho mais vidas. Nem que seja só uma. Ainda não gastei nenhuma.» Isso pensam vocês. A verdade é que o jogo não vos dá mais nenhuma chance. Nem uma primeira! Apesar de vocês merecerem, apesar das regras serem desconhecidas para vocês, apesar de tudo o que investiram no jogo... E aí? Descemos do cavalo, espetamos a espada no solo, deixamos cair o chapéu de "príncipe dos bons" e partimos para outro jogo.
Eu já joguei um jogo assim. E a sensação é horrível. Acima de tudo, o facto do jogo ter acabado é o mal menor. O que fica é a enorme sensação de injustiça e o facto do jogo não ter sido limpo e claro desde o início. Além disso, a "ranhura para inserir moedas" fechou-se.
«Bom! Acho que ainda tenho aqui algumas moedas. Vou guardá-las para outro jogo. Para jogar quando voltar a apetecer-me. Agora estou cansado de jogar

Sonntag, September 10, 2006

zu vermieten


Nesta fase de vida, este «zu vermieten» significa para mim: FELICIDADE. Esta, não se esgotará com o acto em si (arrendar um imóvel). Começou com a hipótese, continuou com a procura, continuará com a instalação e prosseguirá com a vivência diária. Um espaço meu, onde poderei receber quem for amigo e aonde estará reservado o direito de admissão. Tal como propagandeava uma publicidade: «Aqui vou ser feliz.» Ao que eu respondo: «Já sou!»

Samstag, September 09, 2006

Amizades sortudas ou amizades conquistadas?


Os amigos são parte essencial da nossa vida. Quando um amigo nos ajuda e comentamos esse "facto" com alguém, muitos são aqueles que afirmam: "Tens sorte em teres amigos assim." Esta afirmação sempre me fez confusão. Será que é sorte mesmo? Será que não é mais que uma consequência natural do nosso "investimento" numa relação de amizade?
Este "investimento" é moroso e difícil. É muito mais fácil ter só conhecidos. Pessoas a quem dizemos um "Olá. Tudo bem?", seguindo-se a esta frase aquela sensação de silêncio incomodativo. Existem também os "amigos" dos copos. Estes são fáceis de arranjar também. Vamos com eles para festas, bebemos com eles, convivemos com eles, mas a relação nunca passa dessa etapa. Ou porque não queremos ou porque é mais cómodo para nós ou porque as pessoas não valem o investimento. Nestes casos, a sorte acaba por desempenhar o seu papel. Ou porque encontramos a pessoa A no sítio B, ou porque a bebida era fraca e permitiu uma noite mais prolongada de conversa ou porque era a noite da cerveja e estávamos preparados para a festa da água mineral.
Nos casos que verdadeiramente importa, as amizades são feitas ao longo do tempo. Passam por vários estágios, por tormentas, por festas, por confiança, por partilhas, por dúvidas, por certezas. E depois? Vem o mais fácil. Se a amizade for sincera e verdadeira por parte de ambas as partes, ela manter-se-á por si mesma... sem artificialismos.


Sonntag, September 03, 2006

Ela - Parte I

Fui-me apercebendo da importância dela ao longo da vida. No início considerava-a o nível superior de um qualquer organigrama de relações pessoais. Porque era de outra geração, porque era bonita, porque tinha muitos amigos, porque... Para além disso, não conseguia ver como me poderia interligar com ela. Alguns anos mais tarde... não imagino a minha vida sem ela. Sem ela? Sem ela... perderia muito mais do que uma cara laroca e um sorriso bonito. Foi ela que abriu o meu paraquedas de emergência, quando o paraquedas principal não se abriu e eu acabara de atravessar a altitude de segurança. Foi ela que me acordou às 7:30, quando o despertador tinha tocado às 6:45 e eu não tinha feito caso, e disse: «Acorda. Não fiques aí. Levanta-te.» Foi ela que face à minha passividade perante uma estrada esburacada, escura e sem sinalização disse: «Eu ligo as luzes, tapo os buracos e pinto a estrada. Mas tens que ser tu a seguir. Tu consegues.» Quando estava à deriva, com as velas partidas, sem remos e com o motor avariado, foi ela que apareceu com um rebocador e levou-me para um porto seguro. Foi ela que me recebeu de braços abertos e disse: «Olá amigo. Deixa-me abraçar-te.»
Ao longe...esteve sempre bem perto de mim. Eu sabia que ela estava ali. Muitas vezes ela não dizia nada. Ouvia-me. Compreendia-me. Amparava-me. Sofria comigo. E eu? Desesperava, chorava, gritava...acalmava. Dias consecutivos assim. E ela... sempre presente.
E foi por ela que decidi começar esta nova etapa da minha vida. Porque ela merece. Porque ela é única. Porque ela influencia-me. Porque ela fez isto tudo em "troca" de mim. E apesar de todas as acções que ela teve terem que ser descritas com o tempo verbal no pretérito, sei bem que as posso conjugar no presente e no futuro. Porque ela está sempre presente. Porque ela é Amiga. Porque ela é ela.