Samstag, April 25, 2009

Chegada I

Já tinha pousado a trouxa. A ida à casa de banho já tinha sido complementada com a vinda. Mas nem 5 minutos tinham passado da minha chegada a Varalhais e já alguém me batia à porta.
-Boa tarde Jornalista Paulão! O meu nome é Padre Cristovão e estou aqui para: interrogar-lhe e saber mais sobre si, avisar-lhe dos perigos da terra, persuadi-lo a visitar a minha igreja e, quem sabe, colaborar de forma activa connosco. Sem mais demora, entro-lhe pela casa adentro e espero na sala pelo café. Não faça planos. A minha vinda será demorada.
A sinceridade do Padre Cristovão desarmou-me completamente. E eu, fazendo aquela cara de sonso que tão bem sei fazer, fiquei sem palavras. E assim, por mais vontade que tivesse em arrumar as minhas coisas, lá estava na minha sala um padre. Uma fuga seria impossível, pois à porta estavam Sacristão Deolindo e Beato Ergolino. Dois homens corpulentos, corpos trabalhados pela labuta nas terras (pensei eu!) e caras queimadas pelo sol abrasador. Caras bem sisudas. E o padre? Uiii! A sua figura física era só uma das suas muitas surpresas.

Montag, April 13, 2009

Mal soube da missão...

pus-me a caminho. A intenção de saber mais e o caso social que esta freguesia mostrava, eram apelativos. Não fazia ideia do que me esperaria. Nem esperaria tal realidade perante os meus olhos. Desprovido de tudo o que um normal jornalista dos nossos dias tem, papel e caneta eram as minhas únicas ferramentas. Sem fotos (as pessoas e os locais deveriam ser vistos pelas palavras), as páginas foram-se acumulando. As personagens e as suas histórias eram tantas que, constantemente, colocava a questão se seria possível descrever tanta situação. Do périplo, saíram singelos textos. Estes que, por aqui, irão ser apensos. Com a periocidade possível.