Mittwoch, Mai 30, 2007

Unknown

E se acordássemos num armazém (completamente selado, no meio do nada) juntamente com 4 pessoas e todos padecêssemos de amnésia? Nem o nosso nome sabíamos! E se descobríssemos que entre as 5 pessoas, três eram raptores e duas eram as suas vítimas? Quem é quem? Em quem podemos confiar para sair dali?
É com base nesta premissa que este filme começa a desenvolver-se. Ao longo do filme, as personagens vão tendo "flashes" que lhes permitem recuperar a memória parcialmente e ir juntando as peças da história: "Afinal, o que é que se passou aqui?". Pelo meio, sabe-se que alguém de fora voltará ao armazém para matar as vítimas e para repartir o dinheiro do resgate com os colegas.
E se aproveitarmos esta amnésia para começar uma vida nova? E se os maus afinal são genuinamente bons?
O filme começa e acaba por ser muito bom. A história vai-se construindo por si só e as dúvidas vão-nos assolando o cérebro à medida que os "flashes" das personagens vão acontecendo. A densidade psicológica dada às personagens é muito bem conseguida e os actores fazem o resto. Perto do final existe um twist e mesmo no final...um pequeno twist. Dou-lhe 17 em 20.

Montag, Mai 21, 2007

Mito irrefutável e comprovado


Há mitos que devem ser derrubados e refutados. Há outros, que devem ser confirmados. Este pertence a esta última categoria. Realmente, esta coisa estranha que é a nossa higiene é muito relativa. O que para nós é normal e obrigatório, para outros será um luxo.
Agora que começa para mim a época "tome dois banhos diários", eles continuam na sua alegre campanha do "só de vez em quando". Confesso a minha irritabilidade em relação a este assunto (e daí esta simples "missiva"). Mas, há coisas que são inadmissíveis. Suar todos nós suamos. Mas não lembra a ninguém (a não ser a eles, povos da Europa Central) que o acto de suar, para além de deixar cheiro no corpo, não desaparece por magia. Além disso, a roupa suada deve ir para lavar e não: ficar na cadeira pronta para usar no dia seguinte.
Uma coisa é certa. O odor não é segmentado. Abrange os dois sexos, todas as faixas etárias e as mais variadas ocupações. Já nem peço o impensável "cheirar bem", mas pelo menos o "cheiro neutro". Já seria um grande avanço para o meu olfacto. Eu sofro!!!

Banda sonora: Rita Ribeiro - Banho Cheiroso

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Dienstag, Mai 08, 2007

Diálogos - Parte II

Ele: Dás-ma?
Ela: Sim. Dou. Sabes que sim.
Ele: Pois. Eu sei.
Ela: Sei que a aprecias muito. Que lhe dás valor. Por isso (também mas não só) não tenho problemas que a uses. Sabes? Ela já foi tão maltratada. Cheguei a dá-la a quem mais tarde revelou não ser merecedor dela. E aqui usei o singular unicamente por razões estilísticas. (pausa para expirar dos seus pulmões o fumo do cigarro) Cheguei a um ponto que não queria mais dá-la. A ninguém. Vê lá tu!
Ele: Eu compreendo. Mas sabe bem dá-la e pedirem mais. Não?
Ela: Sabe. Além disso, contigo ela não sai desgastada e/ou melindrada. Dizes o que tens a dizer. Fazes o que tens a fazer. E ficas. No teu silêncio. (pausa para beber o resto da café)... No nosso.
Ele: Tento fazer. Mas há dias em que preciso mais dela. Hoje é um desses. Pena estarmos assim....longe. O contacto físico traz outra componente. Alarga o âmbito dela. Possibilita o abraço e o beijo à pessoa. Possibilita o extravasar dos sentimentos acumulados (pela ausência dela?). Dás-ma?
Ela: Aqui tens. A minha amizade. És um tolo...

Banda sonora: Happy Mondays - Kinky Afro


Kinky Afro.mp3