
é um conceito de fácil compreensão. Mesmo em termos teóricos, facilmente se percebe que existirá um ângulo no qual a visão humana (mas também é válido para equipamento electrónico,) não conseguirá ver o que deveria ser visível. Em termos práticos, qualquer condutor já presenciou os efeitos práticos deste conceito.
A andar de bicicleta, este efeito aparece muitas vezes. A diferença aqui, é que nós não nos temos que preocupar com os nossos ângulos (espelhos não existem e uma cabeça a rodar para trás, abarca um magnífico campo de visão) mas sim com os ângulos dos outros. Carros a virarem à direita (e por isso, terem que transpor uma pista de bicicleta) é uma situação normal. E ontem foi um dia normal. E um condutor achou que seria uma boa altura para rever a matéria dada em Física (há já largos anos, certamente) e mostrar a si mesmo, por que sempre teve dificuldade em conjugar a teoria com a prática. O pormenor de a estrada ser uma acentuada descida e o cruzamento ser no final da mesma, vinha tornar o problema mais complicado. Eram mais variáveis em jogo. Um semáforo amarelo (intermitente) para quem vira à direita, com dois símbolos a lembrarem fugazmente uma figura humana e uma bicicleta, e um semáforo verde para os peões e bicicletas, no cruzamento, eram mais duas constantes em jogo.
E lá foi ele para o cruzamento. E lá vinha eu para o cruzamento. E comecei a perceber que ele não estava a reparar em mim.E ele começou a virar. E eu comecei a travar.E ele continou a virar. E eu continuei a travar, mas a física facilmente pôs em prática o exercício: corpo em deslocação numa rampo de declive acentuado. E o resto é facilmente adivinhável. Lá tive eu um encontro imediato com a porta do passageiro da frente, de um Mitsubishi Space. O modelo tem relevância aqui. Fosse um carro com uma carroçaria normal (uma frente de tamanho normal) e eu teria sido projectado. Neste caso, fui "só" projectado contra a porta e o pilar A.
Depois há o choque (não o físico). Está-se no chão e tenta-se perceber o que se passou (Estava vermelho?) E há o instinto de fugir. Sim, eu sabia que estava deitado no meio de uma estrada movimentada. Então, levantei-me muito depressa (tentei que fosse depressa) e coloquei-me na berma. Ah! E veio ter uma rapariga comigo, muito preocupada com o meu estado. A mesma que uns segundos antes tinha soltado um "Oh mein Gott!" ao ver o acidente.
Conclusão? Algumas mazelas no corpo, algumas na bicicleta e nenhuma no carro. Podia ter sido pior. Podia, podia.
Banda Sonora: "Ei!"Pum!Bam! "%$$&##$!!!!!"
8 Kommentare:
Os meus sentimentos e votos de rápidas melhoras para ti e para a Elvira...
Pobrezinhos, os dois...
Estás melhorzinho? Ainda dói muito?
Espero que não tenha passado de umas nódoas negras...
Beijocas (n respondeste ao meu mail de parabéns)
E...a rapariga?...
Oh irmão... Desejos de rápidas melhoras...
E a rapariga? Jeitosa?
;op
Ora estes dois últimos comentários, mesmo que não fossem escritos em Português, facilmente se saberia a sua origem. Essa também é uma brutal diferença entre a nossa maneira de ser e a deles. E eu vou fazer como eles. Fico com a opinião para mim mesmo :)
Pronto, já se percebeu que era gira que nem...
Estava a ver que ninguém perguntava pela gaja. O enredo pedia mesmo um final do tipo Pretty Woman... Era a paulina? era? era? Salvaste a paulina da prostituição? Ai, não, que ela não é prostituta. É só benemérita. Não leva dinheiro. Faz por gosto, com gosto e sem desgosto. Minha heroína...
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