Mittwoch, Oktober 31, 2007

O ângulo morto...


é um conceito de fácil compreensão. Mesmo em termos teóricos, facilmente se percebe que existirá um ângulo no qual a visão humana (mas também é válido para equipamento electrónico,) não conseguirá ver o que deveria ser visível. Em termos práticos, qualquer condutor já presenciou os efeitos práticos deste conceito.
A andar de bicicleta, este efeito aparece muitas vezes. A diferença aqui, é que nós não nos temos que preocupar com os nossos ângulos (espelhos não existem e uma cabeça a rodar para trás, abarca um magnífico campo de visão) mas sim com os ângulos dos outros. Carros a virarem à direita (e por isso, terem que transpor uma pista de bicicleta) é uma situação normal. E ontem foi um dia normal. E um condutor achou que seria uma boa altura para rever a matéria dada em Física (há já largos anos, certamente) e mostrar a si mesmo, por que sempre teve dificuldade em conjugar a teoria com a prática. O pormenor de a estrada ser uma acentuada descida e o cruzamento ser no final da mesma, vinha tornar o problema mais complicado. Eram mais variáveis em jogo. Um semáforo amarelo (intermitente) para quem vira à direita, com dois símbolos a lembrarem fugazmente uma figura humana e uma bicicleta, e um semáforo verde para os peões e bicicletas, no cruzamento, eram mais duas constantes em jogo.
E lá foi ele para o cruzamento. E lá vinha eu para o cruzamento. E comecei a perceber que ele não estava a reparar em mim.E ele começou a virar. E eu comecei a travar.E ele continou a virar. E eu continuei a travar, mas a física facilmente pôs em prática o exercício: corpo em deslocação numa rampo de declive acentuado. E o resto é facilmente adivinhável. Lá tive eu um encontro imediato com a porta do passageiro da frente, de um Mitsubishi Space. O modelo tem relevância aqui. Fosse um carro com uma carroçaria normal (uma frente de tamanho normal) e eu teria sido projectado. Neste caso, fui "só" projectado contra a porta e o pilar A.
Depois há o choque (não o físico). Está-se no chão e tenta-se perceber o que se passou (Estava vermelho?) E há o instinto de fugir. Sim, eu sabia que estava deitado no meio de uma estrada movimentada. Então, levantei-me muito depressa (tentei que fosse depressa) e coloquei-me na berma. Ah! E veio ter uma rapariga comigo, muito preocupada com o meu estado. A mesma que uns segundos antes tinha soltado um "Oh mein Gott!" ao ver o acidente.
Conclusão? Algumas mazelas no corpo, algumas na bicicleta e nenhuma no carro. Podia ter sido pior. Podia, podia.


Banda Sonora: "Ei!"Pum!Bam! "%$$&##$!!!!!"

8 Kommentare:

AP hat gesagt…

Os meus sentimentos e votos de rápidas melhoras para ti e para a Elvira...

H. Cardoso hat gesagt…

Pobrezinhos, os dois...

Anonym hat gesagt…

Estás melhorzinho? Ainda dói muito?
Espero que não tenha passado de umas nódoas negras...

Beijocas (n respondeste ao meu mail de parabéns)

Anonym hat gesagt…

E...a rapariga?...

Anonym hat gesagt…

Oh irmão... Desejos de rápidas melhoras...

E a rapariga? Jeitosa?

;op

eradumvelhinho hat gesagt…

Ora estes dois últimos comentários, mesmo que não fossem escritos em Português, facilmente se saberia a sua origem. Essa também é uma brutal diferença entre a nossa maneira de ser e a deles. E eu vou fazer como eles. Fico com a opinião para mim mesmo :)

AP hat gesagt…

Pronto, já se percebeu que era gira que nem...

raquel hat gesagt…

Estava a ver que ninguém perguntava pela gaja. O enredo pedia mesmo um final do tipo Pretty Woman... Era a paulina? era? era? Salvaste a paulina da prostituição? Ai, não, que ela não é prostituta. É só benemérita. Não leva dinheiro. Faz por gosto, com gosto e sem desgosto. Minha heroína...