
Esta porta será fechada hoje, por mim, uma última vez. O que fica atrás da porta não quero falar. Prefiro pensar positivo e falar do que está no exterior da porta. Esta fechou-se (ou melhor, foi-me fechada implicitamente) mas outras se abrirão. Já hoje abrir-se-á uma temporária. Depois, uma definitiva. Na semana seguinte uma outra definitiva. E assim sucessivamente. Muitas chaves já as tenho. Outras irei encontrá-las. De qualquer forma, sei bem como usá-las.
Nestas novas portas, encontrarei de tudo. Portas barradas, portas falsas, portas que conduzem para um beco sem saída ou portas de emergência que afinal não são. Se puder (e tudo farei para tal. Afinal, repetir um erro não é humano), nessas não entro. Mas encontrarei também portas bonitas. Portas que depois de abertas, mostram ainda mais beleza. Portas que estão abertas 24 horas por dia. Portas que são o que parecem. Portas que permitem a passagem a alguns e impedem a mesma a muitos. Portas que fazem as outras portas parecerem (e serem) portinholas.
Por razão esperadas e por outras inesperadas (infelizmente, a natureza humana continua-me a surpreender) esta ilha submersa estará à deriva uns tempos, devido à falta de uma ligação permanente ao mar. Mas voltará o mais depressa possível. Até lá!
So me resta dizer: "Abram a porta e estendam a passadeira vermelha, chamem a banda... que eu quero sair."